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Nossas diretrizes para um mandato democrático, participativo e coerente

com a nossa trajetória de vida e trabalho. 

  • PARTICIPAÇÃO SOCIAL COM GARANTIA E CONTROLE SOCIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: Um pilar desse mandato será a participação social. Acreditamos que a administração pública deve garantir os espaços de representação social e escutar as demandas e propostas vindas desses lugares. É através da participação social que construímos uma sociedade verdadeiramente democrática e o aparelho do Estado deve servir à população. Além disso, sabemos que são nesses espaços que nós encontramos as melhores soluções para os problemas da sociedade. São por essas e outras razões que para nós a construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa passa necessariamente pela participação e o controle social das políticas públicas. Conheço de perto como funciona e as dificuldades que enfrentam esses espaços. A minha trajetória de participação em conselhos e fóruns faz com que acredite e valorize as iniciativas de participação da sociedade civil.

 

  • ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SEGURANÇA ALIMENTAR: A alimentação adequada é um direito humano e deve ser garantido pelo estado. O nosso mandato estará atento à garantia desse direito para todos os cidadãos do município. Acreditamos que as relações mercadológicas não devem estar acima desse direito tão básico ao ser humano. Por isso, nos comprometemos a criar condições para que todos tenham acesso a uma alimentação saudável, independentemente de sua condição social.

 

  • UMA CIDADE AINDA RURAL E AGROECOLÓGICA: Florianópolis se desenvolveu a partir de vários e diferentes núcleos comunitários. Por sua própria lógica de desenvolvimento, não temos na nossa cidade um cinturão verde que a rodeie composto de reservas ambientais, jardins ou uma zona rural. Nós temos uma cidade na qual o urbano e o rural se misturam e se relacionam. Para nós, é essencial defender essas áreas rurais dentro da nossa cidade. Tendo uma base agroecológica, elas cumprem uma função social muito importante, tanto pela produção de alimentos, como pelas contribuições na gestão de resíduos, de água, na interação com as unidades conservação, etc. É um compromisso do nosso mandato defender a agricultura e as áreas rurais da cidade, favorecendo, entre outras coisas, ações intersetoriais, onde a agricultura dialogue com a saúde, a educação, áreas de lazer, etc.

 

  • GESTÃO DE RESÍDUOS E SANEAMENTO DESCENTRALIZADO: Atualmente, a gestão de resíduos associado à limpeza urbana representa o terceiro gasto público de maior peso para o orçamento municipal. Isso representa quase quinhentos mil reais por dia destinado a uma única área da administração pública. O modelo centralizado no qual baseia a gestão de resíduos atual favorece esse custo elevadíssimo ao município, ao coletar todo lixo sem uma adequada separação de resíduos e levar ao aterro sanitário fora da ilha. O modelo atual não gera renda para as comunidades nem uma consciência ambiental. Defendemos um sistema de coleta descentralizado, no qual tenhamos centrais de compostagem e galpões de recicláveis em diferentes bairros. Assim, poderíamos reduzir o volume enviado ao aterro, chegando a 30% do que atualmente levamos. No modelo que propomos, todos saímos ganhando: poderemos gerar renda para associações e cooperativas locais, não produziríamos tanto lixo, nem o levaríamos a outras comunidades, criaremos uma maior consciência ambiental nas nossas crianças e jovens, e além disso, a administração pública poderá utilizar esse recurso para outras demandas da sociedade.
     

  • Nessa mesma linha, defendemos também um sistema de saneamento descentralizado, na qual tenhamos centrais de saneamento e tratamento de esgoto em várias localidades menos urbanizadas. Numa modelo assim, o custo de implementação da rede será mais baixo e poderemos ter também controle social a partir de lideranças comunitárias. Aliás, na nossa proposta, tanto para a gestão de resíduos como para o sistema de saneamento, a participação e o controle social são fundamentais. A própria comunidade pode fiscalizar a rede, participando de todo o processo e gerando uma renda. Na nossa cidade, já temos o exemplo de uma gestão de resíduos através do controle social: a Revolução dos Baldinhos, na comunidade Chico Mendes, no bairro Monte Cristo.

    Os modelos descentralizados são viáveis e apresentam melhores resultados para o conjunto da sociedade. A única dificuldade de implementação é pelo fato de não estar comprometido com as grandes empresas, que justamente nos serviços básicos se instalam para sugar o dinheiro público. Queremos um modelo participativo, onde a sociedade civil fiscalize, opere, proponha melhorias, tudo isso com o apoio da administração pública e com acesso a tecnologias suficientes para fazer um trabalho de qualidade.


 

  • VIDA SIMPLES E ECOLOGIA: Acreditamos na necessidade de caminharmos em direção a uma vida mais simples e ecológica. Começando pelos próprios políticos da nossa cidade. A busca pela simplicidade, diferentemente da pobreza, não significa não poder consumir, mas é, sim, um questionamento à mercantilização de tudo, ao consumismo desenfreado. Queremos uma cidade mais ecológica, que produza menos lixo, que viva em harmonia com a natureza, na qual tenhamos acesso a uma alimentação saudável, orgânica e de produção local.

 

  • UMA CIDADE ENTRE ILHAS E CONTINENTE NUMA CULTURA MARÍTIMA: É vital entender, valorizar, resgatar e promover a cultura marítima em nossa cidade. O mar, a pesca, o velejar, fazem parte da nossa história e cultura.

 

  • O VIVER NAS PERIFERIAS: Hoje, em Florianópolis, as periferias estão abandonadas, sem projetos sociais, sem intervenção da prefeitura. São comunidades que estão às margens do Estado. Precisamos ter mais atenção às necessidades dessa população e também à formação de novas periferias. Direcionaremos nossos esforços para dar condições de vida digna para todxs, dando prioridades aos que mais precisam. Queremos que este mandato represente também essa população, abrindo um canal de diálogo direto com essas comunidades.

 

  • TER O OLHAR ÀS DIFERENÇAS E COMBATE AO PRINCÍPIO DA HIGIENIZAÇÃO E SEGREGAÇÃO: Há uma imagem elitizada de Florianópolis que tende a esconder os altos índices de violência contra jovens, os negros, as mulheres. Temos uma taxa elevada de portadores de HIV. Vemos um aumento do uso de drogas, como o crac e outras. O poder público municipal atual vira as costas a essas questões. Nós queremos uma cidade inclusiva, que atenda a todxs.

 

  • GARANTIA DOS DIREITOS E NENHUM DIREITO A MENOS: Estamos em um cenário nacional de retrocessos e de perdas de direitos. Defenderemos a manutenção dos direitos já conquistados, a garantia desses a todxs e lutaremos por mais.

 

  • INCENTIVO À CULTURA E À EDUCAÇÃO: Acesso à educação e à cultura é também um direito humano. É básico defender a educação pública, gratuita e de qualidade. Entendendo a educação para além do instrumental, dando um sentido mais amplo e incluindo o conhecimento da região, das nossas tradições, da nossa natureza. Nesse mesmo sentido, incentivar a cultura e o acesso a mesma, também é fundamental. Queremos uma cultura não limitada aos padrões europeus, já tão valorizados na nossa sociedade, mas que reconheça a diversidade cultural e os conflitos sociais que existem e fazem parte da nossa história. Além disso, acreditamos na necessidade de aproveitar o potencial e o conhecimento produzido pelas universidades da cidade para o desenvolvimento de políticas públicas, abrindo assim um canal de comunicação direta entre a administração pública e as universidades.

 

  • INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO SOCIAL: Florianópolis é um berço de inovação e empreendedorismo social. Nossa cidade atrai pessoas com outras perspectivas de trabalho e renda, justamente por ser um lugar onde se busca uma vida mais simples, mais conectada com a natureza. Muitos que aqui estão querem empreender, montar seu próprio negócio, gerar renda e emprego, mas muitas vezes não obtém sucesso em suas propostas por não ter apoio. É por acreditar na capacidade inovadora e empreendedora da nossa população que defenderemos o empreendedorismo social.

 

  • DEFESA E APOIO ÀS COMUNIDADES LGBT, INDÍGENAS, QUILOMBOLAS, PESCADORES(AS), EXTRATIVISTAS, POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, POVOS DE TERREIRO, FEMINISTAS, DEFICIENTES, CATADORAS(ES): Acreditamos numa cidade inclusiva, que reconheça, respeite e valorize todos os seres humanos independentemente de suas opções, gêneros, credos, etnias, classe social, profissões, capacidades. É necessário ter uma maior sensibilização social e política aos diversos grupos ainda excluídos na nossa cidade. Nosso mandato promoverá o diálogo aberto e constante com todas as comunidades, e estará atento às necessidades e demandas de todxs.

 

  • MOBILIDADE URBANA: A mobilidade urbana talvez seja uma das mais anunciadas problemáticas da cidade. A bandeira por nós levantada de uma sociedade ecológica e mais justa socialmente, implica, necessariamente, na defesa de diferentes modais de transporte e de uma mobilidade inclusiva, que abarca desde o uso de bicicletas e criação de ciclovias, até um desenho urbano em términos de acessibilidade a todos os grupos e a defesa da tarifa zero.

  • APOIO AOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS: Queremos uma cidade com os sistemas de educação, saúde, gestão de resíduos e saneamento diferenciados e de qualidade e isso passa pela valorização dos profissionais responsáveis pelo funcionamento do público no município. Estaremos sempre na defesa dos direitos dos trabalhadores, na garantia da qualificação continuada e contra os ataques e retrocessos nas leis trabalhistas.

 

  • SAÚDE PÚBLICA: Acreditamos na lógica da promoção da saúde e da prevenção da doença, através da agroecologia, da segurança alimentar, da alimentação saudável, da gestão de resíduos e da água. Vemos a medicina natural como um caminho importante e pouco explorado no nosso sistema de saúde, apesar de termos um dos cursos mais importantes a nível nacional da área de naturologia. Queremos um sistema que aposte na prevenção e não na medicalização. Além disso, faremos frente aos ataques à saúde pública que estamos vivenciando a nível nacional. O acesso a um sistema de saúde público, de qualidade e universal é um direito que nunca abriremos mão.





 

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